quinta-feira, 25 de novembro de 2010

GLOBALIZAÇÃO X DESEMPREGO


 O aumento da concorrência internacional gerado pela Globalização obriga as empresas a cortarem custos diminuindo os preços. Como os países mais ricos possuem altos salários, as empresas procuram instalar suas fábricas em locais que possuam mão-de-obra barata. Com isso há uma transferência de empregos dos países mais ricos para os mais pobres.
O desemprego estrutural é uma tendência em que são cortados vários postos de trabalho e uma das principais causas é a automação de várias rotinas de trabalho, substituindo a mão-de-obra do homem. As fábricas estão substituindo operários por robôs, os bancos estão substituindo funcionários por caixas eletrônicos, os escritórios informatizados já possuem sistemas que executam tarefas repetitivas e demoradas, eliminando alguns funcionários.
Em contrapartida, existe também a criação de novos pontos de trabalho, gerando novas oportunidades de empregos, mas esses novos empregos exigem profissionais com boa formação e com isso o desemprego continua nas camadas mais baixas.
Não só no ramo industrial se vê o efeito da globalização no desemprego. O comércio também está bastante atingido. As grandes empresas multinacionais chegam e acabam com as empresas locais. O aumento de shoppings centers vem acabando com o comércio de rua.
Por outro lado vemos a globalização funcionando no Mercosul e outros blocos econômicos. As empresas globais lançam produtos globais para conquistar mercados e ampliar os seus domínios.
"A empresa diante da economia globalizada poderá seu uma dádiva ou um tremendo problema.”
Quais as mudanças causadas pela globalização que podem aumentar o desemprego: mudança de sede ou de um setor de multinacionais para outro país; mudança de ramo da empresa em busca de produtos competitivos;aumento da competitividade e o livre mercado;abertura de importações no país, com redução de impostos para multinacionais.

NEOLIBERALISMO


O Neoliberalismo é a intervenção do governo de ma­neira indireta na economia, uma vez que não havia a pos­sibilidade de uma disciplina no mercado quando este flu­tuava de acordo com a lei da oferta e da procura. Os teóricos neoliberais acreditavam que a peça fun­damental da economia de um país era o controle dos pre­ços. Seria necessário que o Estado mantivesse o equilí­brio dos preços através da estabilização financeira e mo­netária, com a adoção de políticas econômicas antinflacio­nárias e cambiais. A liberdade econômica continuaria a existir, e o go­verno teria a função de combater os excessos da livre concorrência e o controle dos mercados pelos grandes monopólios econômicos.

Características do Neoliberalismo (princípios básicos):

- mínima participação estatal nos rumos da economia de um país;
- pouca intervenção do governo no mercado de trabalho;
- política de privatização de empresas estatais;
- livre circulação de capitais internacionais e ênfase na globalização;
- abertura da economia para a entrada de multinacionais;
- adoção de medidas contra o protecionismo econômico;
- desburocratização do estado: leis e regras econômicas mais simplificadas para facilitar o funcionamento das atividades econômicas;
- diminuição do tamanho do estado, tornando-o mais eficiente;
- posição contrária aos impostos e tributos excessivos;
- aumento da produção, como objetivo básico para atingir o desenvolvimento econômico;
- contra o controle de preços dos produtos e serviços por parte do estado, ou seja, a lei da oferta e demanda é suficiente para regular os preços;
- a base da economia deve ser formada por empresas privadas;
- defesa dos princípios econômicos do capitalismo.

Críticas ao neoliberalismo

         Os críticos ao sistema afirmam que a economia neoliberal só beneficia as grandes potências econômicas e as empresas multinacionais. Os países pobres ou em processo de desenvolvimento (Brasil, por exemplo) sofrem com os resultados de uma política neoliberal. Nestes países, são apontadas como causas do neoliberalismo: desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência do capital internacional.

GLOBALIZAÇÃO


      Chama-se de globalização, ou mundialização, o cres­cimento da interdependência de todos os povos e países da superfície terrestre. O elemento básico desse sistema de mundo é o pro­cesso de globalização da economia, que atinge todo um conjunto de fatores econômicos: a produção, as patentes, as finanças, o comércio e a publicidade. Numa economia mundial integrada, o processo econômico das grandes empresas é pensado em escala global. A globalização da economia manifesta-se em diferen­tes aspectos das relações econômicas mundiais, como:
  • Criação de organizações econômicas macror­regionais: uma série de acordos políticos, envolvendo setores públicos (Estado) e privados (empresas particula­res) de diversas nações, deram origem a organizações eco­nômicas macrorregionais que interligam os países de uma determinada região do mundo. O objetivo dessas organi­zações supra é reduzir as barreiras alfandegárias e facilitar as trocas comerciais e financeiras, tornando cada vez mais livres a circulação de bens e serviços entre os países en­volvidos. Entre as unidades econômicas podemos desta­car: Nafta, Mercosul, União Européia.
  • Crescimento do comércio internacional: o mundo se integrou num imenso mercado planetário, vencendo as barreiras da distância, das línguas, das raças e das cultu­ras distintas. Vários fatores explicam esse enorme cresci­mento do comércio: o progresso econômico dos países em vias de desenvolvimento, a expansão das empresas multinacionais, os acordos de cooperação comercial entre países, o desenvolvimento de novas tecnologias de co­municação internacional, o barateamento dos custos dos transportes de cargas.
  • Fluxo financeiro: o crescimento do intercâmbio in­ternacional provocou enorme aumento dos fluxos finan­ceiros que circulam pelo mundo.
  • Mundialização da produção: a maior parte da pro­dução industrial e do comércio do mundo é controlada por poderosas empresas multinacionais, que estão desen­volvendo um novo processo de divisão internacional do trabalho. Com filiais em diversas regiões do mundo, a em­presa multinacional pode instalar as várias fases de sua operação econômica em unidades situadas em diferentes países, escolhendo-os segundo critérios que lhe pareçam mais vantajosos em termos de salário, qualificação profis­sional, pagamento de tributos, infra-estrutura urbana lo­cal, etc.
 - Efeitos da globalização:
  • Comunicação mundial integrada;
  • Aumento do desemprego;
  • A concorrência dos novos fatores econômicos - ­os novos países industrializados estão concorrendo no mercado internacional com produtos similares aos das grandes potências, a um preço mais acessível;
  • Ônus para o Terceiro Mundo - a maioria dos países do terceiro mundo ainda continuam como meros exportado­res de matéria-prima ou de alguns poucos produtos primári­os. Com economias debilitadas, incapazes de competir em pé de igualdade no mercado global, grande parte dos países subdesenvolvidos tem demonstrado mais conseqüências negativas do que vantagens em relação à globalização.
 Com a revolução das comunicações, o processo de globalização tornou-se mais rápido, além de ter se tornado mais abrangente, envolvendo não só o comércio e capitais, mas também telecomunicações, finanças e serviços antes cobertos por várias formas de proteção.
Após a queda do muro de Berlim restou apenas o império americano, mas até quando?
O fato de ainda sermos um país em construção, apresenta uma dupla vantagem: não repetir os erros deles e construir um país preservando a nossa cultura e nossos valores. Nossos problemas ainda são muitos e só poderemos solucioná-los com criatividade, através da educação e da informação.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Émile Durkheim

    Sociólogo francês (15/4/1858-15/11/1917). Um dos fundadores da sociologia, ramo das ciências humanas que estuda a organização e os fenômenos sociais. Nasce em Épinal, em uma família judia pobre, e consegue estudar graças à ajuda de amigos. Chega à Escola Normal Superior de Paris em 1879.
   Oito anos depois, em 1887, torna-se o primeiro professor de sociologia da França. Começa a dar aulas na Universidade de Bordeaux e entre 1893 e 1895 escreve seus dois livros mais importantes: Da Divisão do Trabalho Social e As Regras do Método Sociológico.
   Estabelece com eles, entre outras idéias, o conceito de consciência coletiva como um sistema de crenças e sentimentos comuns, que explicam as relações entre os membros de uma sociedade.
   Em 1897 publica Suicídio: Um Estudo de Sociologia, no qual examina os problemas de personalidade e afirma que as causas do suicídio são sociais e não individuais.
  Analisando a sociedade da época, a seu ver conturbada pela desordem, propõe a instituição de normas que possam ser observadas por todos. Em 1902 começa a dar aula na Universidade de Paris, onde permanece até a morte.

Auguste Comte


                 Auguste Comte nasceu em Montpellier, França, a 19 de janeiro de 1798, filho de um fiscal de impostos. Suas relações com a família foram sempre tempestuosas e contêm elementos explicativos do desenvolvimento de sua vida e talvez até mesmo de certas orientações dadas às suas obras, sobre­tudo em seus últimos anos. Freqüentemente, Comte acusava os familiares (à exceção de um irmão) de avareza, culpando-os por sua precária situação econômica. O pai e a irmã, ambos de saúde muito frágil, viviam reclamando maior participação de Auguste em seus problemas. A mãe apegou-se a ele de forma extremada, solicitando sua atenção “da mesma maneira que um mendigo implora um pedaço de pão” para sobreviver, como diz ela em carta ao filho já adulto. Tão complexos laços familiares foram afinal rompidos por Comte, mas deixaram-lhe marcas pro­fundas.
Com a idade de dezesseis anos, em 1814, Comte ingressou na Escola Poli­técnica de Paris, fato que teria significativa influência na orientação posterior de seu pensamento. Em carta de 1842 a John Stuart Mill (1806-1873), Comte fala da Politécnica como a primeira comunidade verdadeiramente científica, que deveria servir como modelo de toda educação superior. A Escola Politécnica tinha sido fundada em 1794, como fruto da Revolução Francesa e do desenvolvi­mento da ciência e da técnica, resultante da Revolução Industrial. Embora permanecesse por apenas dois anos nessa escola, Comte ali recebeu a influência do trabalho intelectual de cientistas como o físico Sadi Carnot, (1796-1832), o matemático Lagrange (1736 -1813) e o astrônomo Pierre Simon de Laplace (1749-1827). Especialmente importante foi a influência exercida pela Mecânica Analítica de Lagrange: nela Comte teria se inspirado para vir a abordar os princípios de cada ciência segundo uma perspectiva histórica.
Em 1816, a onda reacionária que se apoderou de toda a Europa, depois da derrota de Napoleão e da Santa Aliança, repercutiu na Escola Politécnica. Os adeptos da restauração da Casa Real dos Bourbon conseguiram o fechamento temporário da Escola, acusando-a de jacobinismo Comte deixou a Politécnica e, apesar dos apelos insistentes da família, resolveu continuar em Paris. Nesse período sofreu as influências dos chama­dos “ideólogos”:          Destutt     de         Tracy (1754 – 1836),          Cabanis         (1757 - 1808)         e Volney (1757 - 1820). Leu também os teóricos da economia política, como Adam Smith (1723 - 1790) e Jean-Baptiste Say (1767 - 1832), filósofos e historiadores como David Hume (1711 - 177 6)         e         W William         Robertson (1721 - 1793). O fator mais decisivo para sua formação foi, porém, o estudo do Esboço o de um     Quadro Histórico dos Progressos do Espírito Humano, de Condor­cet (1743 - 1794), ao qual se referiria, mais tarde, como "meu imediato predecessor". A obra de Condorcet traça um quadro do desenvolvimento da humanidade, no qual os descobrimentos e invenções da ciência e da tecnologia desempenham papel preponderante, fazendo o homem caminhar para uma era em que a organização social e política seria pro­duto das luzes da razão: Essa idéia tornar-se-ia um dos pontos fundamentais da filosofia de Comte.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A Classificação da ciência e da sociologia

Comte fez uma classificação das ciências: matemática, astronomia, física, química,biologia e sociologia.
O critério da classificação vai de mais simples e abstrata, que é a matemática, até a mais complexa e concreta que é a sociologia. E essa ordem não é apenas lógica, mas cronológica, pois foi nessa seqüência que elas aparecem no tempo.
A sociologia de Comte gira em torno de núcleos constantes, como a propriedade, a família, o trabalho, a pátria, a religião. Exclui a preocupação com uma teoria do Estado e com a economia política.
A filosofia de Comte pode ser considerada como uma reação conservadora à Revolução Francesa (1789), Colocando-se no caminho contra evolucionário, quer participar da reconstrução instituindo a ordem de maneira soberana.
A palavra Ordem significa ao mesmo tempo arranjo e mando. É ele mesmo que afirma:
“Nenhum grande progresso pode efetivamente se realizar se não tende finalmente para a evidente consolidação da ordem”.
Seu conceito da ciência é o de um saber acabado, que se mostra sob a forma de resultados e receitas.
Tendo colocado a ciência positiva como o ápice da vida e do conhecimento humanos Comte prossegue estabelecendo uma série de postulados aos quais a ciência deve se conformar. O principal deles é que a ciência deve assegurar a marcha normal e regular da sociedade industrial. Ora, ao fazer isso, Comte troca a teoria filosófica do conhecimento por uma ideologia.
Com a religião positivista Comte mostra-nos mais uma vez seu lado ambíguo: trata-se de uma racionalização do sagrado ou de uma sacralização do racional.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Sociologia de Max Weber

No debate metodológico no final do século XIX, sobre o estatuto das ciências humanas, chega-se a afirmação de duas espécies de métodos principais, um generalizante e outro individualizante, que para Weber qualquer ciência pode utilizar um ou outro método, é a necessidade da pesquisa que vai definir o caminho a ser tomado, portanto é falso afirmar que as ciências da natureza utilizam o processo generalizante, e as da cultura o processo individualizante. Weber nega que o conhecimento seja uma cópia fiel da realidade, o problema está nas relações entre lei e história, entre conceito e realidade. Se utilizarmos o método generalizante à realidade perde seus aspectos particulares, reduzem-se as diferentes qualidades, a quantidades formando uma proposição geral da realidade, já o método individualizante não utiliza o que há de geral, trabalha apenas com as características qualitativas e singulares dos fenômenos. Mas para Weber não existe um método pronto, acabado, tudo varia de acordo com os problemas a resolver. Para Weber a atividade social é qualquer atividade que o individuo faz orientando-se pela ação de outros, e ela só existe quando o individuo tenta estabelecer algum tipo de comunicação, a partir de suas ações, com os demais. Nem toda atividade será social, mas aquelas que impliquem alguma orientação significativa visando outros indivíduos. Weber tenta definir a atividade social pelo seu caráter mais racional. Para isso distingue a atividade racional por finalidade, a atividade racional por valor, a atividade afetiva e a tradicional. Só a pessoa individual é um agente compreensível de uma atividade orientada significativamente. Todo apelo a um sentido supõe uma consciência, e esta é individual. Os conceitos coletivos só se tornam sociologicamente inteligíveis a partir das relações significativas que as condutas individuais comportam. Tanto na conceituação da atividade social, como nos seus diferentes tipos, percebe-se que Weber não analisa as regras e normas sócias como sendo exteriores aos indivíduos, mas como resultante do conjunto de ações individuais, sendo que os agentes possuem diferentes formas de conduta, e de escolhas, constantes ou não, pois o Estado, a religião, só existe porque muitos indivíduos orientam-se reciprocamente suas ações num determinado sentido.
                                                                                                                               Publicado em: abril 23